a troca de presentes há muito (tempo) já tinha se tornado explicitamente o que fora (sempre). um contrato de pretensões espirituais.
o jovem encantava a jovem.
a jovem tocava os sentimentos do rapaz. num emaranhado de sensações era que ele se encontrava em frente a última caixa que havia recebido. cor vermelha. dentro, seu mais novo regalo.
a
curisiodade o matava aos poucos. mal podia esperar para estar em
contato com mais uma parte de alma de sua amada.
na brancura do rosto dele a marca de delicadeza. lágrimas já queriam brotar. esquecido do tempo dentro do seu templo particular dedicado a dona de seu amor ele esperava às
doze badaladas para abrir a caixa.
11e59.
às doze badalas suas almas se uniriam. pois na casa dela estava em cima
da cama uma caixa azul.
dentro da caixa o pedaço de alma que ele dedicava a ela.
olhando para a caixa alguém na penumbra.
olhando para a caixa vermelha o de faces brancas.
12e00.
desentrelaçando.
abrindo uma aba.
na casa dela, mãos em luva negra, o mesmo ato.
no templo à amada, outra aba.
na casa dela, olhos castanhos fitam a colagem feita por ele com amor e dedicação durante seis meses com penas, folhas e outras coisas que contavam a história deles.
na caixa vermelha, pingou uma lágrima.
dentro, a cabeça dela.
na casa dela a sombra se ilumina.
a jovem se dedicara a mais de uma alma.