segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

é assim. 5 horas da manhã é uma hora crítica. impressionante. às vezes atrasa. às vezes adianta. o que importa?
continuamos citando os mortos. continuamos esperando pelos mortos. um pouco de expressão não faz mal a ninguém. sinto saudades de minhas viagens. por que não vou viajar de novo
? estranhamente agora tudo faz sentido de novo. era um velho homem que me perseguia. tudo parecia desconfortável. finalmente me sentia como devem se sentir os personagens dos filmes: presos. sem saída de uma tela branca. mas a tela se ilumina do nada. e tudo parece ter sentido. o triste é que uma hora a tela apaga. e é hora de sair da sala. é hora de deixar a poltrona confortável. enquanto estávamos nela era como estar com uma mãe. enquanto estávamos nela era como estar só nela. nada mais importava. nem um pingo de chuva que lá fora caia no mesmo momento em que você sorria. nem um cão que na calçada deitava e tomava um banho de chuva. não via água há muito tempo. uma semana e nada de chuva. finalmente ela caiu. duas semanas sem música. e finalmente tudo volta a vibrar. a máquina que não é máquina volta a respirar. já sem tempo para pouca coisa. e tudo parece estranhamente ótimo. tudo parece estar bem. até que a terra pareça te engolir. e tudo volta a escuridão. mas isso é só na hora crítica, então porque não aproveitar a hora boa e quem sabe a hora crítica não volte. 5 horas

Nenhum comentário: