sábado, 7 de maio de 2011

mais uma de carlos minguado

cidade de azueira, setembro de 2012
amigo,
estou perdido no tempo. nada de novo nisso. a grande diferença é que agora possuo outro molde.
ela me moldou a seu gosto. me encaminhou. me fez andar por sobre fios elétricos que percorrem todos os postos da cidade. depois de me moldar, jogou fora a peça final desse trabalho de artesão.
cá estou agora sem as mãos que me fizeram ser o que sou. ela, deus. no país de onde escrevo pouca coisa mudou. ainda se carece muito de palavras por aqui. os analfabetos de coração enchem as ruas em busca de amor, sendo que o coração não aprendeu a amar. eles não sabem o que é amor. nem eu sei. pensei que sabia. o amor me moldou. ela. sigo em frente, esperando novas fôrmas. perpétua mudança.
abraços,
carlos minguado

Nenhum comentário: