terça-feira, 7 de setembro de 2010

mensagens indecifráveis

eu tinha meu ponto de encontro com ela. meu ponto de encontro não era qualquer lugar. era todos os lugares. esses lugares não eram lugares de verdade. esses lugares estavam decompostos dentro do meu cérebro ou para muitos no coração. no coração eles se dividiam em partículas que transmitiam ondas cerebrais que pareciam serem ignoradas por elas. essas ondas corriam solitárias, mesmo juntas, vário metros de distância. tentavam alcançar os pensamentos dela. tentavam decifrar os sentimentos dela. em vão. meu ponto de encontro com ela era debaixo de uma árvore. mas nesse encontro era só eu que estava presente. com telepatia unilateral eu tentava me conectar com ela. com o coração quase saindo pela boca eu tentava me comunicar com ela. houve dias em que pensei demais. transmiti ondas cerebrais demais. como era bom me sentir assim, ainda que as ondas se perdessem no espaço. ou pelo menos parecia ser o que acontecia. não faltou exposição de minha parte. mas tive que conter a minha boca. tive que deixar o silêncio falar mais alto. e não sei bem por que. não sei bem nem porque escrevo isso. talvez seja mais uma onda perdida. talvez mais uma mensagem indecifrável na verdade mais explícita que todas as minhas mensagens cerebrais. e já não me importo se o que chegou foi compreendido. percebi que escrevi demais. agora aguardo uma resposta. que talvez venha em ondas reversas e passem despercebidas. mas permaneço nos pontos de encontro ainda que eu esteja em apenas um. pois assim se divide o coração. e assim trabalha a mente.

bons sonhos.

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